3 de fev. de 2011

OSSOS DO CORPO HUMANO


MAMOGRAFIA

A mamografia é o exame das mamas realizado com baixa dose de raios x. É utilizado de forma preventiva para o Câncer de mama e também como método diagnóstico, quando já há a suspeita da existência de uma anomalia. O exame de mamografia é obtido através de um aparelho chamado mamógrafo.

Os benefícios da mamografia quanto a uma descoberta precoce e tratamento do câncer mamário são muito significativos, sendo muito maiores do que o risco mínimo da radiação e o desconforto que algumas mulheres sentem quando a mama é comprimida durante o exame.


A HISTÓRIA

A Mamografia é provavelmente o procedimento diagnóstico pôr imagem que mais cresceu, quantitativamente e qualitativamente. Hoje podemos observar serviços de investigação mamária em pequenas localidades, coisa que não era comum há muito pouco tempo.

A mamografia era feita com a paciente deitada em decúbito lateral oblíquo com a mama apoiada sobre o chassis. O filme usado era um filme muito sensível, e o tubo de RX tinha o ânodo, bem como o filtro, alterados para produzir uma radiação "mole" e de melhor qualidade.

Inicialmente foi difícil admitir este novo método radiológico, pois não havia infra-estrutura em torno dele.

Depois a mamografia passou pôr um curto período de turbulência, quando sofreu ataques de alguns cientistas que queriam provar que a método produzia mais malefícios, decorrentes da "elevada dose de irradiação", do que os eventuais benefícios diagnósticos.

Estes foi um período de trevas que a mamografia teve que passar, porém, a confiança voltou mais forte que antes. Os fabricantes fizeram altos investimentos no "design" da máquina e na redução da dose de radiação sobre as pacientes. Era a década de 80. Foi aí que surgiu grande escalada nos congressos e jornadas de radiologia, e a sua difusão entre a classe médica. Observamos a difusão do método, a venda em grande escala dos mamógrafos para todos os cantos do Brasil.

A mamografia foi então, considerada como método preventivo de câncer de mama pela OMS (hoje o termo politicamente correto é: método de diagnóstico precoce de CA de mama).

Da mamografia iniciaram-se os novos procedimentos diagnósticos acessórios: punção aspirativa de cisto com injeção gasosa denominada pneumocistografia, a punção aspirativa de lesões mamarias com agulha fina orientadas pôr mamografia e a "core biopsy" veio como um grande método diagnóstico histológico pré operatório das lesões de mama.

Além destes a localização pré operatória das lesões não palpáveis, foi um marco na história do diagnóstico precoce de câncer de mama. Este fato pode ter provocado uma mudança cultural na medicina, fazendo os cirurgiões de mama a reverem seus conceitos. Toda a sua vida eles operaram lesões palpáveis, e a partir daquele momento eles iriam operar apenas uma "imagem".

Sobre os novos métodos, podemos dizer que o mais moderno é a mamotomia, um procedimento de retirada percutânea a vácuo de tecido mamário, com a ajuda de um equipamento especificamente desenhado. Ele difere da "core" pela técnica e pelo maior calibre da cânula pôr onde são retiradas quantidades substanciais de tecido, o que permite ao patologista ralizar diagnósticos com maior precisão.

Também estamos vivenciando uma boa parceria com a Medicina Nuclear com o ROLL (Radioguided Ocult Localization Lesion) e do linfonodo sentinela. O primeiro é uma variante da localização pré operatória de lesões não palpáveis, onde injeta-se um radiofármaco ao invés de um fio-guia, possibilitando que através da orientação de uma gama-câmara e um "probe" de formato de uma caneta, o cirurgião elegantemente localize a lesão. Já o segundo consiste na injeção de um radiofármaco no interior da lesão. Estes produto, de moléculas pequenas, será drenado pelos linfáticos impregnando os linfonodos adjacentes, que serão localizados pela gama câmara.

Paralelamente a todo este arsenal usado no diagnóstico precoce do câncer de mama, as indústrias desenvolveram a estereotaxia para localizações precisas de pequenas lesões e, ainda a mamografia digital que se inicia timidamente devido ao seu elevado custo.

O mamógrafo digital nos permite algumas comodidades e, tal a tomografia computadorizada, não necessita do uso do filme radiológico. Em seu lugar existe uma placa que capta todos os sinais e os envia para uma unidade de processamento, que produz uma imagem na tela de um monitor na qual podemos fazer inúmeras manipulações. A imagem é uma coisa fantástica . Para quem realiza muitas intervenções mamárias, este será um equipamento de muita utilidade, pois a espera da revelação de uma radiografia é muito longa.

Quanto ao futuro, gostaria que pudéssemos criar mecanismos capazes de ofertar todos estes recursos a todas as mulheres, principalmente as de classes mais pobres. Me causa constrangimento perceber a todo momento diagnósticos precoces de câncer de mama, voltados apenas para uma camada da população que tem condições econômicas de fazer a mamografia anualmente. Do outro lado, mulheres carentes fazendo a "prevenção " através de campanhas de palpação de mamas.

POSICIONAMENTO

O bom posicionamento mamográfico é fundamental para detectar alterações mamárias.
Deve ser realizado por uma técnica especializada em radiologia da mama, que precisa ter consciência de sua importância.
A técnica em mamografia tem como obrigação posicionar toda a mama dentro do filme, pois, se a lesão não estiver na radiografia por mais experiente que seja o radiologista, este não conseguirá fazer o diagnóstico. Portanto, assim como a técnica em mamografia pode ajudar a salvar a vida da paciente propiciando que o médico possa fazer a detecção precoce de um câncer, pode também, realizando uma mamografia de baixa qualidade, pôr em risco a vida da mesma.
A colaboração da paciente também é indispensável para uma mamografia de qualidade.
A mulher que se submete a uma mamografia não vem ao consultório do radiologista como aquela com uma suspeita de fratura. Isto porque, na primeira situação, seu objetivo é descobrir se tem ou não um câncer de mama, e a simples possibilidade de possuir esta doença já a faz pensar em mastectomia, isto sem falar na possibilidade de morte iminente. A possibilidade da “mutilação” da mama afeta sua feminilidade, pois esta parte da anatomia feminina representa o símbolo de sua sensualidade. A carga emocional que tais mulheres apresentam no momento do exame está repleta de ansiedade e tensão, contribuindo para uma maior contração muscular, dificultando o posicionamento mamográfico e tornando a compressão mais dolorosa. Esta tensão aumenta para aquelas mulheres sintomáticas (por exemplo: nódulo palpável, mastalgia...), com história familiar positiva e quando se faz necessário a complementação do exame com uma incidência adicional.
A compressão adequada da mama é essencial para um exame confiável. Tem como finalidades:
• Fixação da mama, evitando com isso radiografias tremidas.
• Redução de sua espessura, contribuindo para redução na dose de radiação recebida, melhorando o contraste e a nitidez da imagem.
• Separação dos tecidos mamários sobrepostos, evitando assim a formação de falsas imagens, enquanto que os nódulos verdadeiros se sobressaem, tornando-se mais evidentes.
A mama deve ser comprimida até que o tecido fique uniformemente espalhado pela paciente. A técnica em mamografia precisa explicar os motivos de uma boa compressão, a fim de se conseguir uma maior cooperação da paciente. Esta deve suportar tal desconforto, que costuma durar apenas alguns segundos, uma vez que isto contribuirá para um exame de boa qualidade.
Mulheres no período pré-menstrual têm suas mamas mais sensíveis à dor, dificultando com isto, uma maior compressão. Por este motivo, sugere-se a realização da mamografia logo após a menstruação, nas mulheres férteis.
Na fase pré-menstrual, quando as mamas estão mais túrgidas, não há prejuízo no diagnóstico de qualquer lesão; porém, a partir do momento em que a dor mamária intensificada pelo período pré-menstrual, impede uma maior compressão, haverá piora da qualidade mamográfica, afetando assim o laudo médico.
São duas incidências de rotina na mamografia: craniocaudal (CC) e médiolateral oblíqua (MLO). Todas as pacientes de modo geral, acima dos 40 nos de idade, devem realizar estas incidências em cada mama anualmente. Existem ainda, várias outras incidências que o médico pode solicitar na ocasião da realização do exame. Estas radiografias adicionais são imagens mamográficas obtidas a partir de angulação ou projeção diferentes das rotineiras (CC e MLO), com o objetivo de otimizar a identificação de uma área específica para esclarecer o diagnóstico.
A necessidade de uma incidência adicional, embora aumente a ansiedade da paciente, não significa, em hipótese alguma a certeza de um câncer de mama. A paciente deve estar ciente, que tais incidências são requisitadas muitas vezes para:
• Desfazer imagens sobrepostas.
• Ampliar microcalcificações (independentes de sua natureza).
• Avaliar os contornos de uma lesão focal.
• Expor uma área densa ou próxima da parede torácica.
• Provar ou descartar a presença de uma lesão cutânea projetada no tecido mamário.
As pacientes com implantes de silicone (próteses), são avaliadas de duas formas, quando possível:
• Tracionando todo o conjunto (mama + prótese)
• Manobra de Eklund, onde a técnica empurra a prótese para trás, radiografando somente o tecido mamário. Esta manobra não costuma ser realizada: em próteses endurecidas, não compressíveis, aderidas ao parênquima mamário ou nos casos em que a manobra de deslocamento seja dolorosa.
Teoricamente, não existem riscos de ruptura da prótese na realização do exame de mamografia, em mãos experientes.
Os pacientes do sexo masculino, também realizam mamografias, mas em geral para suspeita de ginecomastia (aumento volumétrico da mama masculina por tecido fibroglandular) ou câncer de mama. O posicionamento é semelhante ao da mama feminina. Não é incomum, ao invés das incidências rotineiras, a realização de projeção caudocranial ou somente médiolateral, por se tratar de mamas muito pequenas, com boa porção do músculo peitoral radiografada.
O radiologista está autorizado a usar qualquer ângulo da unidade de mamografia e posição da paciente, que possa manter a mama em uma posição fixa, identificando os achados em questão para sua interpretação.
A arte do posicionamento mamográfico quando bem praticada, permite a detecção precoce do câncer de mama, contribuindo para a redução da mortalidade por esta doença.

O SISTEMA

O equipamento (ACIMA) dedicado à mamografia não é o mesmo utilizado pelos sistemas de raios-X convencionais, possuindo características próprias, pois a imagem gerada deve ser de alta resolução para que se possam visualizar as estruturas mamárias que, por sua vez, são compostas de tecidos moles, cuja diferença nos níveis de absorção de raios-X é pequena entre si. O compartimento de compressão é um acessório do sistema mamográfico e tem como função comprimir a mama por uma placa de um material radiotransparente até que se consiga a menor espessura possível. Ele é responsável por melhorar a resolução, levando as estruturas da mama mais próximas do filme, por evitar a movimentação da mama, conseguindo assim uma dose menor de radiação. Isso diminui a espessura da mama, separando estruturas superpostas e ajudando na diferenciação entre massas sólidas e císticas.

Uma característica particular do equipamento mamográfico é a modificação do tubo de raios-X: enquanto geralmente é usado tubo de tungstênio nos sistemas convencionais, o mamógrafo utiliza tubo de molibdênio. Isto porque o feixe produzido num tubo de molibdênio tem um espectro que o aproximam de um feixe monoenergético, o que é conveniente no caso de radiografia de mamas devido aos tecidos que a constituem. Outra característica peculiar é o campo de radiação que, no mamógrafo, é só um pouco maior que a metade do campo dos sistemas convencionais. Para se conseguir isto, utilizam-se colimadores de feixes e restritores, que são uma espécie de direcionadores do feixe de raios-X, e barradores de radiação. Eles ajudam a diminuir a dose de radiação ionizante em outras partes do corpo da paciente e também colaboram com a melhoria da imagem. Os filtros, que geralmente são de molibdênio, com cerca de 0,03mm, são os responsáveis por impedir que os fótons do feixe que nada acrescentam para o diagnóstico atrapalhem na formação da imagem e atinjam a paciente se somando à dose de radiação recebida. O ponto focal é outro fator de grande importância no sistema mamográfico; ele deve ser bem pequeno, pois estruturas de até 0,3 mm de diâmetro, como as microcalcificações, por exemplo, devem ser possíveis de visualizar.

O chassi mamográfico apresenta um écran intensificador que, ao contrário do convencional, se posiciona em baixo do filme. Os fótons atravessam o filme, chegando pela sua base, atingem o écran, transformam-se em luz visível e são refletidos de volta, impressionando o filme. Esse posicionamento é utilizado para evitar o efeito "crossover" (fenômeno do filme ser impressionado duas vezes pelo mesmo fóton de modo que isto possa causar uma certa penumbra na imagem, deteriorando a resolução), e também para ajudar na obtenção de uma melhor resolução da imagem e prevenir uma grande absorção de fótons antes que eles se encontrem com o filme, pois, como os raios-X na mamografia são de baixa energia, um simples écran poderia absorver mais que 50% dos fótons que chegam nele.

O mamógrafo deve ser operado com potência constante ou trifásica, cujo feixe de raios-X tem maior poder de penetração. Geralmente a tensão usada para mamografia varia de 25 a 50 kVp (entre 28 e 32, para a maioria dos exames), valor que depende normalmente da espessura da mama (que normalmente, depois de comprimida, fica entre três e oito cm).




Fontes> site tecnicaradiologica, siemens,lapimo.sel.eesc.usp, USPAR.

1 de fev. de 2011

Cursos online 24h com certificado




Cursos Online é Cursos 24 Horas








Educação a Distância - 10 Motivos para Estudar



Motivo 1 Rápido e Prático motivo 1

Fazer Cursos Online é uma forma rápida e prática de aprender. É possível iniciar um curso em qualquer dia, não é necessário apresentar documentos ou participar de processos burocráticos para iniciar as aulas.




Motivo 1 Valores Acessíveis motivo 2

Nossos cursos variam entre R$ 20,00 e R$ 60,00. Um treinamento parecido em outras instituições pode custar mais de R$ 500,00. Nossa eficiência e alto volume de alunos possibilitam oferecer cursos de alta qualidade por valores reduzidos. Além disso, não há nenhuma cobrança de mensalidade em nossos cursos, eles são pagos uma única vez.




Motivo 1 Flexibilidade motivo 3

O processo é totalmente flexível: Flexibilidade de Local, Flexibilidade de Horário, Flexibilidade de Duração do Curso. Estude de onde preferir, da sua casa, trabalho, faculdade, lan-house ou de qualquer computador, faça nos seus horários disponíveis e conclua os cursos em quanto tempo desejar. Tudo é feito de acordo com seu ritmo, sem compromisso com prazos e horários fixos.




Motivo 1 Não necessita se locomover motivo 4

Fazendo nossos Cursos Online você não gasta com locomoção até uma escola presencial, não perde tempo no trânsito. Isso significa mais tempo livre para estudar, resultando em um melhor aproveitamento.




Motivo 1 Banco de Currículos motivo 5

Diversas empresas contatam-nos e solicitam indicações de alunos para vagas de emprego. Ao estudar conosco, você pode incluir seu currículo no Banco de Currículos e ser indicado para vagas relacionadas aos cursos feitos.




Motivo 1 Certificado Válido em Todo o Brasil motivo 6

O Certificado é válido em todo o Brasil e em vários outros países, ele pode ser utilizado em faculdades, empresas públicas e privadas, concursos e provas de título, entre outros.




Motivo 1 Empresa Mantenedora da ABED motivo 7

O Cursos 24 Horas é uma empresa mantenedora da ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância. Nosso nome e logo é exibido na página de Mantenedores da ABED.




Motivo 1 Funcionários treinados conosco motivo 8

Outra prova de qualidade do sistema de ensino é o número de empresas que já tiveram funcionários treinados conosco. Veja na imagem ao lado algumas dessas empresas.




Motivo 1 Seu Currículo fica Atualizado motivo 9

Todos os cursos podem ser incluídos em seu currículo. As pesquisas comprovam que manter o currículo atualizado é uma das formas mais eficientes para ser promovido, conseguir um novo emprego, ou até mesmo evitar uma demissão do emprego atual.




Motivo 1 Professores Altamente Qualificados motivo 10

Uma equipe de professores altamente qualificados fica à disposição para atender aos alunos, corrigindo exercícios, enviando material adicional e tirando todas as dúvidas que possam surgir durante o curso.









VEJA A LISTA DOS CURSOS24
ONLINE
http://www.cursos24horas.com.br/cursos.asp











25 de jan. de 2011

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Em Radiologia, uma Tomografia Computadorizada (TC) ou Tomografia Axial Computadorizada (TAC), é uma imagem que deriva do tratamento informático dos dados obtidos numa série de projeções angulares de raios X. Simplificadamente traduz uma secção transversal (uma "fatia") do corpo da pessoa a quem foi feita a TC.

Basicamente, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada porção da secção analisada, e traduz essas variações numa escala de cinzentos, produzindo uma imagem. Como a capacidade de absorção de raios X de um tecido está intimamente relacionada com a sua densidade, zonas com diferentes densidades terão diferentes cores, permitindo distingui-las. Assim, cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos tecidos nessa zona, expresso em Unidades de Hounsfield (nome do idealizador da primeira máquina de TC). É um exame radiológico exibido como imagens tomográficas finas de tecidos e conteúdo corporal, representando reconstruções matemáticas assistidas por computador.

Por exemplo, numa TC realizada ao tórax, será possível distinguir facilmente os pulmões do coração, já que o primeiro é, sobretudo aéreo, enquanto o segundo é maciço. Da mesma forma, se nos pulmões existir uma massa de maior densidade (como um cancro, por exemplo), ou de menor densidade (como uma caverna causada por tuberculose), estas serão também distinguíveis, pois possuem níveis de atenuação dos raios X diferentes do tecido circundante.



A TC, tal como a radiografia convencional, baseia-se no fato de os raios X serem apenas parcialmente absorvidos pelo corpo humano. Enquanto a gordura ou o ar, por exemplo, são facilmente atravessados, os ossos e o metal não o são.

Para obter uma TC, o paciente é colocado numa mesa, que se desloca para o interior de um orifício de cerca de 70cm de diâmetro. À volta deste encontra-se uma ampola de Raios-X, num suporte circular designado “gantry”. A 180º (ou seja, do lado oposto) da ampola, encontra-se o detector de Raios-X, responsável por captar a radiação, e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado.

Nas máquinas de 3ª geração, durante o exame a “gantry” descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola a libertar raios X que após atravessar o corpo do paciente são captados na outra extremidade pelo detector. Esses dados são então processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo da secção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A “mesa” avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para obter uma nova imagem, num ponto seguinte pré definido pelo operador.

Máquinas mais recentes, de 5ª geração, designadas “helicoidais” e mais recentemente “multislice”, descrevem uma hélice em torno do corpo do paciente, em vez de um círculo completo. Assim, supondo que são pretendidos cortes com 10mm de espessura, o “gantry” avançará 10-15mm durante a volta completa. Isto permite a obtenção de cortes intermédios (por exemplo, a cada 5mm) simplesmente por reconstrução digital, uma vez que toda essa área foi captada no movimento helicoidal, dentro de certos limites. Isto permite que o paciente seja submetido a doses menores de radiação e (sobretudo) maior rapidez. Assim os exames passaram de 1 hora por exame para segundos ou poucos minutos, dependendo do equipamento e da parte examinada.

A principal vantagem da TC é que permite o estudo de secções transversais do corpo humano, ou seja, permite ampliar o que existia em Radiologia Convencional (imagens em duas dimensões com estruturas sobrepostas para imagens em 3 dimensões, ou com percepção espacial nítida). Outra vantagem: a maior distinção entre dois tecidos. Em TC podem-se distinguir até 0,5% de diferenças de densidade de tecidos, ao contrário da Radiologia Convencional que se situava nos 5%.

Isto é uma melhoria sem paralelo em relação às capacidades da radiografia convencional, pois permite a detecção ou o estudo de anomalias que não seria possível senão através de métodos invasivos. Como exame complementar de diagnóstico, a TC é de valor inestimável.

COMO É FEITO O EXAME?

O paciente deita em uma maca especial que é empurrada para dentro do equipamento de CT. Algumas vezes o paciente é instruído a deitar de lado ou de barriga para baixo.
Uma vez dentro do equipamento, os tubos de raios-x giram em torno do paciente. Nos equipamentos mais modernos, esta rotação é feita de modo contínuo.


Pequenos detectores dentro do equipamento medem a quantidade de raios-x que atravessam as estruturas do corpo. Um computador analisa estas informações e constroi várias imagens individuais chamadas cortes (slices). Estas imagens podem ser armazenadas no computador, CD, DVD, mostradas no monitor do computador ou impressas em filme. Modelos tri-dimensionais dos orgãos podem ser criados a partir destes cortes.
O paciente deve permanecer quieto durante o exame e, algumas vezes, ele pode ser instruído a prender a respiração. Quando o paciente se move durante o exame, as imagens podem ficar borradas ou indistintas.
Um exame completo demora apenas alguns minutos para ser concluído. Os novos equipamentos com múltiplos detectores leva apenas 30 segundos para examinar um paciente da cabeça aos pés.
Alguns exames requerem a injeção de contrastes, antes do início ou durante a realização do exame. O contraste serve para realçar certas estruturas do corpo e criar uma imagem mais nítida. A injeção do contraste pode provocar uma leve sensação de queimor, um gosto metálico na boca e uma sensação de queimor no corpo.
Algumas pessoas têm alergia ao contraste e precisam tomar uma medicação anti-alérgica antes do exame. A alergia a contrastes iodados é uma contra-indicação formal à realização do exame, que nestes casos, somente deve ser realizado sob cuidadosa supervisão médica e acompanhamento de um anestesista.
O contraste pode ser administrado de várias maneiras, dependendo do tipo de exame que vai ser feito:
- Ele pode ser administrado por via intra-venosa, através de uma veia da mão ou ante-braço
- Pode ser introduzido no reto em forma de enema
- Por via oral antes do início do exame

Geralmente é necessário um jejum de 4-6 horas quando o exame é realizado com contraste.
O paciente muito obeso (acima de 150 quilos) não pode se se submeter a tomografia porque este sobrepeso pode danificar o equipamento.
O paciente deve vestir uma bata hospitalar para realizar o exame, pois a maioria das vestimentas de uso diário contém acessórios de metal (zippers, prendedores, etc) que pode interferir com as imagens.

Tanto a tomografia computadorizada como outros exames radiológicos, produzem baixos níveis de radiação ionizante, que têm o potencial de produzir câncer ou outras doenças mutagênicas. Este risco aumenta quanto maior for o número de exames realizados. Por este motivo o radiologista deve monitorar cuidadosamente o nível de radiação, principalmente nos pacientes mais jovens.
Entretanto, o risco associado com um único exame é muito pequeno. O risco aumenta a medida que exames adicionais forem realizados.
Em alguns casos o exame ainda pode ser feito, se os benefícios advindos de sua realização superarem os riscos (em casos de suspeita clínica de câncer).
Uma tomografia abdominal não deve ser realizado em uma gestante, pois a radiação pode ser danosa para o feto. Na investigação de doenças do abdomen em gestantes ou em mulheres que suspeitem de gravidez, deve-se dar preferência ao ulta-som como ferramenta diagnóstica.
A maioria dos contrastes utilizados na tomografia contêm iodo. Os rins ajudam a filtrar o iodo para fora do corpo. Portanto, as pessoas com problemas renais ou diabetes devem receber muito líquido depois do exame e devem ser monitoradas em relação a problemas renais.
Os pacientes diabéticos ou aqueles que estejam sendo submetidos à diálise renal devem falar com o radiologista antes de serem submetidos à tomografia.
Raramente os contrastes usados na tomografia computadorizada causam reação alérgica importante. Se o paciente sentir dificuldade em respirar durante o exame ele deve avisar o técnico imediatamente.
O interfone na sala de exame permite que o paciente fique em contato permanente com o pessoal técnico na sala ao lado.


Cortes axial, coronal e transversal do cérebro

Cortes coronal, axial e sagital.


RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (PARTE 1)


O exame de Ressonância Magnética é um método de diagnóstico por imagem que não utiliza radiação e permite retratar imagens de alta definição dos órgãos de seu corpo. O equipamento que realiza o exame trabalha com campo magnético, e, por isso, algumas precauções devem ser tomadas para realização do exame, como não utilizar jóias e maquilagem, entre outros. Veja como se preparar e o que acontece durante o exame.

O exame de Ressonância magnética, também é chamado de Ressonância Nuclear Magnética

Cada clínica e hospital dispõem de seus próprios procedimentos, entretanto, todos os exames de RM têm características comuns:

Pede-se que você use roupas confortáveis, sem botões metálicos ou zíper, porque objetos metálicos afetam a qualidade das imagens. Em alguns casos, você será orientado para trocar sua roupa por um avental hospitalar.

Pede-se que você retire qualquer jóia, maquilagem, prótese metálica ou cartões magnéticos.

Você deverá informar, ao médico ou técnico que opera o equipamento, se usa marcapasso, placa de metal, pino ou qualquer outro implante metálico, válvula cardíaca artificial, grampo de aneurisma ou se já foi ferido durante o serviço militar ou se já trabalhou diretamente em contato com metais. Qualquer peça metálica no corpo pode causar desconforto ou lesão quando em contato com o forte campo magnético do equipamento.

Informe também ao seu médico se você estiver grávida.

Os preparativos do exame

Alguns exames de Ressonância Magnética (RM) exigem a administração de um contraste - um líquido que acentua as imagens dos seus órgãos e/ou vasos sanguíneos. Depois do exame, o contraste será eliminado do seu corpo através da urina.

Um especialista o colocará na posição adequada na mesa de RM e um dispositivo chamado de Bobina de RF será colocado ao lado ou em volta da área de interesse do exame, como, por exemplo, o ombro, cabeça ou joelho. Esta bobina é usada para receber as imagens do seu corpo . A seguir, o operador vai colocá-lo dentro do magneto, movimentando a mesa para dentro. Este magneto contém um altíssimo campo magnético que ajuda a produzir as imagens do exame.

Durante o exame

A mesa da RM na qual você está deitado deslizará suavemente para dentro do magneto, onde permanecerá durante todo o exame. O técnico sairá da sala, mas ficará em constante contato com você através de um aparelho de comunicação interna. Relaxe e permaneça o mais imóvel possível. Em caso de qualquer desconforto haverá uma campainha para você fazer contato com a equipe.

As imagens captadas através da RM variam de acordo com o exame. Cada parte do exame de RM pode durar até 10 minutos e a duração do exame completo pode levar de 15 a 40 minutos. Durante este período dúzias de imagens são produzidas.


Durante o exame você ouvirá um barulho parecido com batidas em intervalos regulares. Isto significa que as imagens estão sendo tomadas e principalmente durante o barulho você deverá permanecer bem imóvel. Geralmente, antes do início do exame, o técnico lhe dará protetores para o ouvido ou um fone especial para reduzir o barulho. Em alguns equipamentos é possível até mesmo tocar sua musica predileta para ouvir durante o exame.

Quando acabar o exame, as imagens da RM serão revistas, seja em filme ou em um monitor, pelo radiologista, que então emitirá um laudo.

Como se preparar?

Geralmente, a maioria dos hospitais entrega ao paciente um questionário que deverá ser preenchido antes do exame. É muito importante que isto seja feito com a maior precisão possível. Na maioria das vezes, você o preencherá junto com o seu médico ou especialista.

A necessidade de precisão nas respostas é vital, porque existem vários aspectos do seu corpo que podem impossibilitá-lo de realizar o exame de RM, como, por exemplo, implantes de cirurgias prévias, placas de metal, marcapasso etc. Após o questionário, você pode discutir todo o procedimento do exame com o técnico e mais uma vez confirmar todas as informações do formulário.

Para se fazer um exame de RM é necessária pouca preparação. Evitar comer e beber aproximadamente 4 horas antes será útil se você for fazer o exame na região abdominal ou pélvica. Também é aconselhável ir ao banheiro antes, para que não haja a necessidade de interromper o exame.

Não é preciso interromper qualquer medicação que tenha sido prescrita anteriormente.

Sempre é útil fornecer qualquer exame diagnóstico prévio (por exemplo, tomografias computadorizadas (CT), exames de ressonâncias magnéticas anteriores, ultra-som, radiografias, etc).

Se desejar pode trazer um membro da família ou amigo para acompanhar o exame. Entretanto, ambos não poderão entrar na sala de exame carregando objetos de metal.

O ponto principal nos preparativos para um exame de RM é não se preocupar. Ele dura pouco tempo, é indolor e é um excelente método diagnóstico.

Com a ajuda da ressonância magnética imagens finas e em camadas, chamadas de tomogramas são geradas de qualquer parte do corpo de qualquer ângulo sem penetrar no corpo.

O procedimento do diagnóstico sem estresse que tem sido aplicado desde o início dos anos 80 trabalha com campos magnéticos fortes e impulsos curtos de rádio. Ele é baseado no chamado efeito nuclear. Este termo descreve a propriedade de um núcleo anatômico para ligar o seu próprio eixo como um pião, transformando-o em um pequeno ímã. O núcleo anatômico de hidrogênio que é apresentado no corpo em grande número se comporta exatamente da mesma forma.

Na ressonância magnética, o corpo é submetido ao campo magnético que é aproximadamente 30.000 vezes mais forte do que aquele da terra. Esse campo magnético artificial faz com que os átomos de hidrogênio do corpo se alinhem em uma direção ao invés de uma bússola em um campo magnético na terra. Quando o impulso é cessado, os átomos retornam à sua posição original. Durante este relaxamento, os átomos de hidrogênio emitem sinais ressonantes que são medidos.

Os sinais recebidos servem como base para gerar imagens de dentro do corpo com a ajuda de processos de computador como os desenvolvidos para radiografia e tomografia. Os tecidos aparecem na tela em diferentes níveis de iluminação. Os tecidos que são ricos em água são bastante brilhosos, tecidos com pouca água são escuros. Os ossos quase não são vistos enquanto tecidos como os músculos, ligamentos, tendões e órgãos podem ser reconhecidos claramente em tons de cinza.

Fontes: siemens e discovery Brasil

Incidência de Pelve AP (Bacia)

Paciente em DD (sempre) e braços sobre o tórax, de forma confortável, com o plano mediossagital sobre a LCM, membros inferiores estend...